sexta-feira, 13 de setembro de 2013

ECUMENISMO E EXCLUSIVISMO CRISTÃO. - Cacilda Feitosa

ECUMENISMO E EXCLUSIVISMO CRISTÃO.
¹Cacilda Feitosa
¹ Seminarista do IV ano do curso de teologia do Seminário teológico Pentecostal do Nordeste



RESUMO


          Este artigo  apresenta conceitos e apreciações referentes ao significado de ecumenismo e exclusivismo cristão. Para que sirva como instrumento aos estudiosos da Palavra de Deus como matéria de esclarecimento e defesa da fé cristã frente a heterogeneidade religiosa em que vivemos em que os cristãos acabam sendo nomeados de intransigentes por afirmar que só Jesus é o caminho.
Palavras Chave: Ecumenismo e Exclusivismo Cristão


1. INTRODUÇÃO

          Um dos grandes questionamentos da sociedade contemporânea com relação aos cristãos é: como pode alguém em dias hodiernos sustentar a ideia, de que existe apenas um caminho para Deus? Para entendermos esse conceito, precisamos analisar sob vários ângulos.
           A principio começaremos analisando a afirmação do ponto de vista da mídia sob o questionamento de que existe apenas um caminho para Deus -  Esta, com a desculpa de promover a cultura, manipulam as mentes incautas e aptas ao sincretismo religioso, ocasionando situações em que os cristãos acabam sendo taxados de intolerantes ao afirmar que só Jesus é o caminho.
          A partir desse paradigma, Levantam-se a seguintes questões: existe apenas um caminho para Deus? Não é, verdadeiramente, ofensivo afirmar que só Jesus Cristo é o caminho? Todos os caminhos não levam a Deus?
          Contrapondo essas questões, nós os seguidores de Jesus Cristo - Afirmamos categoricamente com base na Bíblia que Ele é o Filho de Deus; Ele é o Senhor e Salvador e crer NELE é essencial para obter a salvação. Logo, respondemos a estes questionamentos com um NÃO, não há outro caminho que leve a Deus a não ser JESUS CRISTO. As Sagradas Escrituras apontam uma série de inscrições que asseveram esta verdade, por exemplo:
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3.16
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4.12
               O presente trabalho busca apresentar explicações com diretrizes à luz da Bíblia para orientar e fortalecer os seguidores do Mestre Jesus Cristo no tocante a  uma defesa mais eficaz da crença por que Jesus Cristo é o único caminho para a salvação da humanidade. Alertando assim, a verdadeira Igreja de Cristo do perigo que o ecumenismo representa.

2.  ECUMENISMO SENTIDO LATO E RESTRITO
          O termo provém da palavra grega "oikos" (casa), designando "toda a terra habitada num sentido lato, pode designar a busca da unidade entre as religiões ou, mesmo, da humanidade, emprega-se também neste sentido o termo "macro-ecumenismo".". Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs;[2]
          O Dicionário Aurélio define ecumenismo como movimento que visa à unificação das igrejas cristãs (católica, ortodoxa e protestante). A definição eclesiástica, mais abrangente, diz que é a aproximação, a cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes igrejas cristãs. (grifo nosso)
           Sobre a perspectiva macro ecumenica o Cristianismo aponta o ecumenismo  como um movimento entre diversas denominações cristãs na busca do diálogo e cooperação comum, que por sua vez, busca superar as divergências históricas e culturais, a partir de uma reconciliação cristã que aceite a diversidade entre as igrejas.
          Assim como, o ponto de vista da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, o termo ecumênico quer representar que a Igreja de Cristo vai além das diferenças geográficas, culturais e políticas entre diversas igrejas. Nos ambientes cristãos, a relação com outras religiões costuma-se denominar diálogo inter-religioso.
          A grande questão do ponto de vista evangelico cristão quanto a aceitação das divergencias historicas, culturais e a diversidade entre as igrejas são: Como conciliar ensinamentos baseados na existência de um Purgatório para as almas perdidas; na função intercessora de Maria, no sumo sacerdócio papal como também nas práticas católicas da veneração a Maria e aos santos? Fica claro a incongruência entre a fé cristã professada pela Igreja Protestante, por ser categórica quanto a adorar só a um Deus e ter Jesus como único Salvador e Mediador entre Deus e os homens, e aceitar  postulados bíblicos, contrario a esta fé cristã genuína desprezando os ensinamentos de Cristo e dos apóstolos.
           Não dá para entender a postura de algumas Igrejas Protestantes que se predispuseram a assinar um tratado ecumênico com a Igreja Católica! É lógico afirmar que elas estão instantaneamente reconhecendo o papa, em vez de Cristo, como o líder supremo da Igreja, encerrando os olhos para diferenças doutrinárias enormes contrárias à doutrina bíblica. Em outras palavras eles apostataram da fé genuinamente cristã.
          Para reforçar essa incongruente posição, a proposta do ecumenismo contemporânea não está restrita apenas às igrejas historicamente classificadas como cristãs ou monoteístas a saber: o cristianismo, o judaísmo e o islamismo. Nos cultos ecumênicos no Brasil, há pelo menos um representante de cada religião! Existe um movimento mundial de união entre várias religiões, inclusive as mais destoantes em relação à Bíblia como o candomblé, a umbanda, a quimbanda, o budismo, o hinduísmo, o xintoísmo.
       
3. COM BASE NA ELUCIDAÇÃO A RESPEITO DO QUE É ECUMENISMO, PRECISAMOS ENTENDER O QUE É  EXCLUSIVISMO CRISTÃO.

          Para Norman Geisler no verbete exclusivismo da Enciclopédia de Apologética, no que tange o exclusivismo religioso:
“O exclusivismo religioso afirma que apenas uma religião pode ser verdadeira, e todas as outras opostas à única religião verdadeira devem ser falsas”
          Partindo da premissa de que fé e razão não são inimigas. A explicação do eminente teólogo lança uma luz e abre o caminho para o raciocínio de que quando temos algo exclusivo, logicamente temos: a afirmação da verdade condiciona tudo àquilo que lhe é contrária como algo falso. (grifo nosso)[3]

3.1 PODEMOS AFIRMAR QUE SÓ O CRISTIANISMO AFIRMA SER EXCLUSIVISTA?
          Com base na concepção de Norman Geisler de que “o exclusivismo religioso afirma que apenas uma religião pode ser verdadeira, e todas as outras opostas a única religião verdadeira devem ser falsas” podemos afirmar que só o cristianismo afirma ser exclusivista? Para responder a essa questão Trazemos a baila alguns grupos que se classificam como exclusivistas, são eles:
         Os muçulmanos - são exclusivistas de modo radical; além de reivindicar ser a única verdade teológica, creem que quando seus credos expostos no Alcorão são anunciados noutra língua a mensagem pode ser dessacralizada. O ideal é que a mensagem seja propagada no próprio idioma árabe.
          Os Budistas - surgem como detentores de um nobre caminho de crescimento espiritual distinto de todos outros. Sidarta Gautama, fundador do Budismo rejeitou os ensinos do Hinduísmo, incluindo os a literatura dos Vedas e o sistema de castas.
         O Hinduísmo –  é tão exclusivista que toda e qualquer manifestação religiosa que vá contra ou que seja distinta aos ensinos relacionados ao carma, os Vedas, a crença na reencarnação e o sistema de castas são tidos como inimigos.
         Até mesmo o Ateísmo acaba sendo um sistema exclusivista! Alegam que, por estarem “livres” de toda e qualquer concepção acerca de Deus, são o mais perfeito caminho a ser seguido.
          Do mesmo modo, existem muitas outras religiões se auto proclamando detentores da verdade divina. Podemos concluir que o cristianismo não é o único sistema de crença exclusivista, mas tem uma coisa que faz toda a diferença é o único sistema de crença em que tem o Crucificado, Jesus Cristo. Os mestres, gurus e fundadores de religiões não foram para cruz, só Ele foi.  O sacrifício de Jesus Cristo foi suficiente para redimir toda a humanidade perante Deus e nenhum sacrifício humano, modificará ou invalidará o Sacrifício já feito por Ele.
           Jesus disse que quem com Ele não ajunta, espalha (Lucas 11.23). Logo os que não estão com Ele, estão contra Ele. Jesus veio ao mundo para pagar o preço do pecado, fazer do homem um ser verdadeiramente livre para que pela graça todo homem possa ser salvo ao recebê-Lo como seu Senhor e Salvador.
4. CONCLUSÃO
          O plano que Deus traçou à humanidade é transmitido de modo coerente e claro.  A Palavra de Deus demonstra isso. Paulo explica que o poder e a divindade de Deus são conhecidos por meio da ordem criados a nosso redor, de modo que os homens são indesculpáveis (Romanos 1.20), e que Deus escreveu sua lei moral no coração dos homens, de modo que estes são moralmente responsáveis perante Deus. (Romanos 2.15).
          Embora Deus ofereça vida eterna a todo aquele que responde de maneira apropriada à Revelação Geral Divina na natureza e à consciência (Romanos 2.7), o homem por sua natureza pecaminosa se rebela contra Deus, em vez de adorá-lo e  servi-lo, achincalham de Sua lei moral ignorando-o, (Romanos 1.21-32). Portanto, todos os homens estão irremediavelmente debaixo do poder do pecado (Romanos 3.9-12).           A situação se agrava à medida que Paulo avança elucidando que ninguém pode redimir a si mesmo por meio de uma vida reta (Romanos 3.19,20).
           Deus na sua incomensurável e eterna misericórdia providenciou um meio de saída: Cristo morreu pelos nossos pecados, satisfazendo assim as exigências da justiça divina e promovendo a reconciliação da humanidade com Deus. (Romanos 3.21-26).  
           Por meio da morte expiatória de Cristo, a salvação é disponibilizada como dom a ser recebido pela fé. “A coerência do Novo Testamento é fulgente: a universalidade do pecado e a singularidade da morte expiatória de Cristo implicam não haver salvação à parte de Cristo.”
          Finalizando, as religiões distintas podem ter excelentes ensinos, moral elevado, mestres extraordinários, códigos de ética rigorosos e que até possam implicar resultados utilitários, mas apenas Jesus Cristo morreu na cruz e cumpriu com as exigências que eram necessárias para que o caminho para Deus nos fosse aberto. JESUS, NOME ACIMA DE TODOS OS NOMES, APENAS ELE É O ÚNICO  CAMINHO!
          Na verdade, o ecumenismo pregado por essa sociedade apartada de Deus não visa em momento algum promover a salvação em Cristo e Seu Reino aqui na terra. Antes, sob comando do Anticristo, pregam a fraternidade, a tolerância e o amor entre os díspares, visando à globalização e à promoção uma religião única, satisfazendo, outrossim, a vontade de satanás e não a vontade de Deus Pai, revelada através das Escrituras.
          São varias as razões que dizemos NÃO ao ecumenismo. Alertamos aos cristãos quanto à enganação, à simulação e aos perigos desse movimento que objetiva prostituir espiritualmente a verdadeira Igreja de Cristo, a fim de leva-la a idolatria o que consequentemente a apostatar da fé puramente cristã, culminando, portanto na perdição eterna.


REFERENCIAS
[2] GEISLER, Norman L. Enciclopédia de apologética. Editora Vida. São Paulo, SP: 2002. p.332
www.solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament[3]

 MORELAND, J.P. & CRAIG, Willian Lane. Filosofia e Cosmovisão Cristã. São Paulo, SP: 2005. p.742

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